6 de ago. de 2025

Tecnologia e otimização de tempo para advogadas e advogados

fundador da Inspira ao lado do símbolo da Inspira
fundador da Inspira ao lado do símbolo da Inspira

A gente sabe. A rotina jurídica é bem desafiadora e a busca pela otimização de tempo de advogadas e advogados tornou-se uma prioridade. Burocracia, prazos apertados e tarefas repetitivas consomem horas valiosas que poderiam ser dedicadas à estratégia ou, simplesmente, à vida pessoal. Mas, o que fazer para reverter esse cenário?

Otimização de tempo nunca foi realidade para advogadas e advogados

O Brasil é um dos países mais burocráticos do mundo quando falamos em advocacia. Os números provam isso: somente em 2023 tivemos mais de 83,8 milhões de acusações legais. O preço é alto: em média, empresas gastam mais de 25 bilhões de dólares anualmente com processos. E, além disso, mais de 1,2 trilhão de dólares são disputados por essas empresas nesses casos legais, segundo o relatório do Amaral, Yazbek Advogados.

Essa realidade impacta diretamente a produtividade de todo o ecossistema. Estima-se que o equivalente a 70% do nosso PIB esteja, de alguma forma, comprometido por questões judiciais. Enquanto a média global de investimento no sistema de justiça é de 0,3% do PIB, o Brasil destina cerca de 1,5% do seu PIB — cinco vezes mais.

Diante desse cenário, há uma conclusão inevitável: as empresas não estão apenas gastando dinheiro com processos — estão gastando tempo. E o tempo é, senão, nosso ativo mais estratégico.

O efeito do tempo é muito claro na rotina de quem carrega esse sistema nas costas

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê uma jornada de 40 horas semanais, mas na prática, a realidade é outra. Em escritórios de advocacia de médio porte, os profissionais trabalham, em média, 54 horas por semana. Em grandes escritórios, esse número pode chegar a 66 horas semanais — de 35% a 65% a mais do que o permitido por lei.

Não por acaso, segundo o Clio Legal Trends Report, 86% dos advogados admitem trabalhar fora do expediente. Prazos apertados, audiências consecutivas, análise de documentos, elaboração de peças e reuniões constantes tornam o tempo um recurso sempre escasso — e o maior inimigo da eficiência. 

Mas, é possível mudar esse cenário? 

Em resumo, sim.

Desde pouquíssimos anos atrás, o mundo vem assistindo, ainda surpreso, à demonstração de como a inteligência artificial pode ajudar nós, humanos, a sermos mais  eficientes em diversas frentes de trabalho. No universo jurídico, esse impacto foi ainda mais evidente. Muitas das atividades que consomem tempo e energia dos advogados hoje podem ser executadas com agilidade e precisão por uma IA generativa confiável, liberando os profissionais para se concentrarem em tarefas mais estratégicas.

O impacto da IA no Direito

De acordo com o Grão Survey Data, praticamente 91% dos escritórios de advocacia e departamentos jurídicos corporativos esperam um aumento significativo na produtividade de suas equipes com a adoção de soluções baseadas em IA generativa.

As áreas que devem ser mais transformadas incluem: pesquisa de jurisprudência (23,6%), elaboração de documentos jurídicos (22,9%) e análise de contratos (21,8%). Esses processos, embora essenciais, são repetitivos e exigem um grande investimento de tempo. 

Ao gastar menos horas em tarefas manuais e repetitivas, advogadas e advogados ganham fôlego para desempenhar melhor as funções que realmente importam, elevando o nível de qualidade e atendimento ao cliente. E isso não é um detalhe isolado: o Clio Legal Trends Report aponta que 74% das horas cobradas pelos escritórios de advocacia serão impactadas pela adoção de IA. Ou seja, três das principais frentes de trabalho diário já citadas e quase três quartos do tempo faturável caminham para serem otimizados pela tecnologia.

Juntos, esses dados revelam um panorama inédito: tanto as atividades mais repetitivas quanto a maior parte das horas cobradas ao cliente estão prestes a ser revolucionadas. A pergunta que fica é: 

E agora?

Como incorporamos essa tecnologia sem causar rupturas na rotina, garantindo que as equipes jurídicas abracem as mudanças e alcancem o máximo de eficiência, fazendo com que advogadas e advogados ganhem otimização de tempo?

Para endereçar esse desafio, recorremos a este gráfico inspirado no relatório Thomson Reuters Predicts que revela como a adoção da inteligência artificial no ambiente jurídico se dá em três ondas de maturação: 

Onda 1

Na primeira onda, escritórios e departamentos jurídicos entram em um período de experimentação, colocando as soluções de IA à prova para entender na prática como elas podem economizar horas de trabalho e devolver tempo às equipes. Nesse sentido, é o momento de revisar documentos em massa, extrair e comparar informações-chave e construir internamente os primeiros estudos de caso, de modo a comprovar a confiança e a precisão da tecnologia.

Onda 2

Com esses resultados em mãos, iniciamos a segunda onda, marcada pela integração efetiva da IA na rotina diária. Tarefas antes repetitivas e consumidoras de tempo — como sumarização de laudos extensos, diligências documentais e revisão de cláusulas contratuais — migram de fato para os sistemas inteligentes, liberando advogadas e advogados para concentrarem-se em análises de maior valor estratégico. 

Nesse estágio, a IA deixa de ser um simples experimento e passa a atuar como uma verdadeira parceira na rotina jurídica, potencializando a velocidade e a qualidade das entregas.

Onda 3

Por fim, chegamos à terceira onda, quando a tecnologia se consolida como niveladora de mercado e propulsora de inovação. Escritórios de todos os portes, antes afastados das ferramentas mais avançadas, passam a acessar as mesmas capacidades que os somente os grandes players tinham, abrindo espaço para a criação de novos nichos e eliminando as tradicionais disputas por preço. 

Além disso, despontam os agentes autônomos — sistemas inteligentes configurados e sempre supervisionados por advogados — capazes de executar rotinas complexas com mínima intervenção humana. Esse avanço redesenha completamente o modelo de prestação de serviços jurídicos, promovendo maior eficiência, democratização de acesso e igualdade de oportunidades em todo o setor.

O verdadeiro valor dessa última fase não está apenas em conquistar novos nichos ou cortar custos, mas em devolver às pessoas o que nenhuma máquina pode criar: tempo. Tempo para atender melhor os clientes, aprofundar-se em estratégias jurídicas e, sobretudo, restabelecer o equilíbrio entre carreira e vida pessoal. 

Afinal, a maior conquista de qualquer inovação é permitir que profissionais do Direito tenham mais qualidade de vida.

Como advogadas e advogados podem incorporar ferramentas para otimizar tempo?

À medida que a inteligência artificial redesenha o universo jurídico, fica claro que não basta apenas conhecer as novas ferramentas: é preciso incorporá-las com agilidade e de forma segura, ajustando fluxos de trabalho e formatos de atendimento para manter-se à frente em um mercado que já faz da adaptabilidade sua maior vantagem. 

Na Inspira, oferecemos soluções com tecnologia de ponta e inteligência artificial que automatizam várias tarefas cruciais de advogadas e advogados, como pesquisa e gestão de jurisprudência e análise de documentos.

Clique aqui para agendar seu teste grátis 

A IA já está mudando as regras do jogo, e os profissionais que conseguem liberar mais tempo em suas rotinas passam a contar com um diferencial competitivo real: maior eficiência, foco em estratégia e mais qualidade de vida. O verdadeiro legado que a tecnologia pode oferecer ao Direito.

Esse foi o tema do painel que levei para o Web Summit Rio 2025: Reshaping Justice Through Experience. Caso queira ver o vídeo na íntegra, clique aqui: https://youtu.be/l7u-Kp6l2Yc