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24 de nov. de 2025

AI First do Google: inovação jurídica com IA Multi-Agent e o futuro da advocacia

Uma imagem dividida verticalmente. À esquerda, um quadrado com um gradiente de azul profundo, no centro do qual está um círculo azul-claro com os logotipos da Inspira e do Google for Startups sobrepostos. À direita, um quadrado com o retrato de Rafael Girolineto, um homem careca com barba, vestindo uma camisa xadrez em tons de cinza e branco sobre uma camiseta preta, sorrindo e olhando para a lateral.
Uma imagem dividida verticalmente. À esquerda, um quadrado com um gradiente de azul profundo, no centro do qual está um círculo azul-claro com os logotipos da Inspira e do Google for Startups sobrepostos. À direita, um quadrado com o retrato de Rafael Girolineto, um homem careca com barba, vestindo uma camisa xadrez em tons de cinza e branco sobre uma camiseta preta, sorrindo e olhando para a lateral.

Nos últimos meses, a Inspira embarcou em uma jornada transformadora ao participar do AI First, o programa do Google for Startups Accelerator. Foi uma oportunidade de mergulhar fundo no que há de mais avançado em inteligência artificial, nos conectar com mentes brilhantes do Google e de outras startups visionárias. Como líder de tecnologia da Inspira, tive o privilégio de participar de quase todas as fases: das trilhas de negócio e treinamentos técnicos à construção de uma Prova de Conceito (PoC) e, finalmente, o pitch no aguardado Demo Day.

Essa experiência não apenas expandiu nosso horizonte técnico, mas também fortaleceu nossa visão de futuro. Vimos de perto como a IA está moldando o amanhã nas mais diversas áreas, e reafirmamos nosso compromisso de liderar essa mudança no mercado jurídico.

A jornada até o palco: desafios e crescimento

O ponto alto de todo o programa foi o pitch final no Demo Day. Dias antes, durante o treinamento, o nervosismo era palpável. Antes disso, tive vários dias de treinamento e recebi muitos conselhos valiosos dos mentores e colegas da Inspira. Voltei para casa decidido a melhorar: assisti a outros pitches, redesenhei os slides e treinei por horas. Mostrei a apresentação para colegas e ajustei tudo para encontrar o equilíbrio ideal entre explicar o negócio e mostrar a parte técnica.

No dia do evento, o auditório estava lotado, incluindo uma fileira quase inteira de colegas da Inspira, o que tornou o momento ainda mais especial. O nervosismo pré-apresentação deu lugar a uma calma surpreendente quando fui chamado ao palco. Com um ajuste de última hora no slide, iniciei a apresentação. Os cinco minutos passaram voando. Embora não tenha sido perfeito, o fluxo foi natural, autêntico, misturando minha forma de falar com o conteúdo técnico que dominamos.

Se quiser assistir ao pitch no demo day, o vídeo está disponível abaixo a partir do minuto 28:11.

Esse momento foi simbólico. Representou uma das primeiras vezes em que alguém que não é fundador fez um pitch público pela Inspira, mostrando a força e a confiança que depositamos em nosso time.

Aprofundamento técnico: construindo com intenção

Do ponto de vista técnico, o Google AI First reforçou  nossa forma de trabalhar. 

Para participar do programa, criamos uma Prova de Conceito (PoC) - uma primeira versão do que seria nosso produto com IA, algo como um protótipo funcional. Isso me obrigou a mergulhar em um tipo de programação chamado programação agêntica, que nada mais é do que criar vários “agentes” (programas inteligentes) que trabalham juntos, cada um com uma função específica, como se fosse uma equipe.

Também usei uma forma de trabalhar chamada spec-driven development. Em palavras simples, é quando você escreve em detalhes tudo o que o sistema deve fazer antes de começar a programar. Para isso, usei LLMs (modelos de linguagem) — que são inteligências artificiais treinadas para entender e escrever texto — para ajudar a criar essas descrições.

Usei também uma ferramenta chamada Claude Code, que é um assistente inteligente para escrever códigos de forma mais rápida.

Com tudo isso, conseguimos montar um sistema multi-agent, ou seja, um sistema com vários “agentes inteligentes” trabalhando juntos ao mesmo tempo. Ele ficou muito mais poderoso e flexível do que eu imaginava no começo.

Essa experiência prática abriu completamente minha visão sobre como esse tipo de tecnologia pode transformar o trabalho dos advogados no futuro.

A PoC: uma nova visão para a advocacia

Nossa PoC tinha uma meta clara: tirar do advogado o peso das tarefas repetitivas na hora de criar documentos jurídicos. E, se você conhece a Inspira, sabe que este é um dos grandes objetivos percorridos desde que passamos a existir.

Em vez de apenas gerar um texto pronto, criamos um sistema em que vários “agentes” especializados trabalham juntos. Eles:

  • procuram decisões de tribunais relacionadas ao caso;

  • verificam se essas decisões realmente ajudam;

  • analisam os documentos do processo;

  • encontram inconsistências;

  • e só então geram o rascunho da peça.

Além disso, o sistema avisa o advogado sobre pontos que precisam de atenção. Ou seja, não é para substituir ninguém — é para dar mais tempo ao profissional focar na estratégia, que é onde está o valor do trabalho jurídico.

Enquanto eu criava toda a estrutura interna do sistema - aquilo que define como ele funciona “por dentro” -, o Ricardo, nosso CTO, transformava essas funções em uma API REST, que é basicamente uma forma de permitir que outros programas conversem com o nosso sistema. Além disso, ele também criou uma interface de demonstração, ou seja, a tela simples que mostramos para as pessoas verem o sistema funcionando.

Com o tempo, tudo foi se encaixando, e conseguimos ver claramente que o futuro que estamos construindo deixou de ser só uma ideia e começou a virar realidade.

Leia mais: Inspira e Google Cloud: a IA que redefine a advocacia brasileira

Reflexões e o futuro que nos inspira

Embora o programa tenha terminado, suas reflexões já provocam mudanças concretas na Inspira. Uma delas é repensar nosso workflow de desenvolvimento para espelhar o que queremos entregar aos advogados. Estamos nos movendo para um modelo onde a IA é o agente principal de codificação, e os engenheiros atuam como revisores e orquestradores. É a nossa forma de "comer a comida do próprio restaurante", aplicando internamente a filosofia que vendemos.

No nível pessoal, o AI First me ajudou a ganhar confiança para apresentar ideias em público, algo que sempre me gerou ansiedade. Também reforçou minha capacidade de mergulhar em problemas complexos e encontrar soluções viáveis sob pressão. Ao mesmo tempo, o ritmo intenso acendeu um alerta saudável sobre a importância de priorizar melhor meu tempo e energia.

Se eu pudesse resumir o que o AI First representou, diria que foi um convite para liderar a transformação no mercado jurídico com profundidade técnica e responsabilidade. Foi uma oportunidade única de aprender e trocar experiências com pessoas de altíssimo desempenho, dentro e fora do Google. Agora, nosso desafio é levar essas lições adiante, continuando a construir um futuro onde a tecnologia eleva o potencial humano, liberando advogados para que possam focar no que fazem de melhor: pensar estrategicamente e defender seus clientes. Junte-se a nós nesta jornada.

Uma imagem em tons escuros de uma flor azul, com pétalas delicadas e um miolo em tons de roxo, em um fundo preto.

Respire fundo.
Agora, Inspira.

2025 © All rights reserved.

Inspira Tecnologia da Informação LTDA - CNPJ: 41.308.086/0001-00

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