6 de nov. de 2025
O ChatGPT foi mesmo proibido de dar conselhos médicos e jurídicos? A verdade por trás dos novos termos de uso
Inteligência artificial
Se você acompanha o universo da tecnologia, certamente notou a agitação nas redes sociais: uma nova política da OpenAI teria proibido o ChatGPT de oferecer conselhos médicos e jurídicos. A história se espalhou rapidamente, mas o que realmente aconteceu?
A verdade é que a suposta nova proibição é um grande mal-entendido. A política fundamental da OpenAI não mudou.
A nova regra, na verdade, não é nova
A essência da confusão está em uma atualização dos termos de uso da OpenAI. No entanto, a regra de não utilizar a IA como um substituto para profissionais licenciados sempre esteve em vigor. Essa política de longa data existe para mitigar riscos legais e de segurança, garantindo que as pessoas não confundam as respostas do modelo com diagnósticos ou conselhos profissionais certificados, que carregam implicações no mundo real.
Para entender melhor, basta comparar as duas versões da política:
• Política anterior (janeiro de 2025): proibia atividades que pudessem prejudicar o bem-estar de outros, incluindo o fornecimento de "conselhos jurídicos, médicos/de saúde ou financeiros personalizados sem revisão de um profissional qualificado e divulgação do uso de assistência de IA e suas potenciais limitações".
• Política atual (outubro de 2025): a nova redação proíbe a "prestação de aconselhamento personalizado que exige uma licença jurídica ou médica, sem o envolvimento apropriado de um profissional licenciado".
Ou seja, a política não proíbe o ChatGPT de gerar informações sobre saúde ou Direito. Em vez disso, proíbe que usuários e desenvolvedores criem serviços que ofereçam aconselhamento profissional licenciado — como um aplicativo de diagnóstico médico ou uma consultoria jurídica automatizada — usando a tecnologia da OpenAI sem a devida supervisão de um profissional qualificado.
A mudança na redação de "revisão por um profissional" para "envolvimento apropriado de um profissional" sugere um foco mais amplo na supervisão ativa, em vez de uma simples revisão passiva.
A mudança foi sobre consolidação, não restrição
Então, por que a OpenAI atualizou seus termos? A razão é puramente administrativa. Antes, a empresa mantinha três políticas de uso separadas: uma universal, uma específica para o ChatGPT e outra para a API.
A atualização de outubro de 2025 unificou essas três diretrizes em um único documento. De acordo com o próprio site da empresa, o objetivo era criar um "conjunto universal de políticas para todos os produtos e serviços da OpenAI".
A posição da OpenAI: ChatGPT é um recurso, não um substituto
Depois dos rumores e para eliminar qualquer dúvida, a OpenAI se manifestou publicamente. Karan Singhal, chefe de Safety, afirmou que as alegações "não são verdadeiras".
A posição da empresa é clara: o ChatGPT não deve substituir o diagnóstico de um médico ou a orientação de um advogado. No entanto, a tecnologia é uma ferramenta para ajudar as pessoas a acessar e compreender informações complexas nessas áreas.
Tradução livre: “Não é verdade. Apesar da especulação, esta não é uma nova alteração nos nossos termos. O comportamento do modelo permanece inalterado. O ChatGPT nunca foi um substituto para aconselhamento profissional, mas continuará a ser um excelente recurso para ajudar as pessoas a compreender informações legais e de saúde.”
A importância de uma IA jurídica desenvolvida por especialistas
Portanto, o debate em torno dos termos de uso do ChatGPT reforça um ponto crucial: a importância de uma abordagem especializada quando se trata de áreas tão sensíveis como o Direito. Embora plataformas genéricas de IA, como o ChatGPT, sejam valiosas para democratizar o acesso à informação e simplificar conceitos complexos, elas não substituem o conhecimento técnico, a experiência prática e a responsabilidade ética de um advogado.
Nossa IA jurídica é projetada para atender às necessidades específicas da profissão, respeitando os limites éticos e legais. Mais do que uma ferramenta, somos uma parceira estratégica que automatiza tarefas repetitivas, libera tempo para atividades de maior valor agregado e contribui para uma prática jurídica mais eficiente e humana.
A tecnologia não é uma ameaça, mas uma oportunidade de evolução. E, com a Inspira, essa evolução é conduzida por quem entende profundamente as nuances e responsabilidades do Direito: os próprios especialistas. Afinal, confiança e segurança jurídica não podem ser delegadas a algoritmos genéricos, mas sim construídas com base em expertise e ética.





